SEMANA SANTA
A semana Santa tem início no Domingo de Ramos da paixão do Senhor, que une num todo o triunfo real de Cristo e o anúncio da paixão. Na Semana Santa a Igreja celebra os mistérios da salvação, realizados por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pelo seu ingresso em Jerusalém. O tempo quaresmal continua até à Quinta-feira Santa ao iniciar a celebração da noite. A partir da missa vespertina na Ceia do Senhor inicia-se o tríduo pascal, que abrange a Sexta-feira Santa da paixão do Senhor e Sábado Santo, tem o seu centro na vigília pascal e conclui-se com a Oração da Tarde no Domingo da Ressurreição.
A missa na Ceia do Senhor
Com a missa celebrada nas horas vespertinas da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao tríduo pascal e recorda aquela última ceia em que o Senhor Jesus, na noite em que ia ser traído, tendo amado até ao extremo os seus que estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e deu-os aos apóstolos como alimento, e ordenou-lhes, a eles e aos sucessores no sacerdócio, que fizessem a mesma oferta. Nesta celebração toda atenção deve estar orientada para os mistérios, que, sobretudo nesta missa são recordados: a saber, a instituição da Eucaristia, a instituição da Ordem sacerdotal e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna. O lava-pés que, por tradição, é feito neste dia, significa o serviço e a caridade de Cristo, que veio “não para ser servido, mas para servir” (Mt 28,20).
A sexta-feira Santa
Neste dia, em que “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado”, a Igreja, com a meditação da paixão do Senhor e Esposo e adorando a cruz, comemora o seu nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz, e intercede pela salvação do mundo. A Igreja, seguindo uma antiquíssima tradição, neste dia não celebra a Eucaristia; a sagrada Comunhão é distribuída aos fiéis só durante a celebração da paixão do Senhor; aos doentes, impossibilitados de participar desta celebração, pode-se levar Comunhão a qualquer hora do dia.
O Sábado Santo
Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte, a sua descida aos infernos, e esperando na oração e no jejum a sua ressurreição. Neste dia a Igreja abstém-se absolutamente do sacrifício da missa. A sagrada Comunhão só pode ser dada em perigo de morte.
Domingo da Páscoa/A Vigília Pascal da noite santa
Segundo uma antiquíssima tradição, esta noite é “em honra do Senhor”, e a vigília que nela se celebra, comemorando a noite santa em que o Senhor ressuscitou, deve ser considerada como “mãe de todas as santas vigílias”. Nesta vigília, de fato, a Igreja permanece à espera da ressurreição do Senhor e celebra-a com os sacramentos da iniciação cristã.
A missa do dia da páscoa seja celebrada com grande solenidade. Convém substituir o ato penitencial pela Aspersão da Água, benta na vigília pascal, memória do batismo. As celebrações da noite deste dia concluem o Tríduo Pascal e dão início ao Tempo Pascal, que durará até a festa de Pentecostes.
FONTE: A Solenidade Pascal, documento sobre a preparação e celebração das festas pascais,16/01/1988.